Descobriram uma forma rápida e fácil de ganhar dinheiro: mas para isso, você precisa investir uma determinada quantia e convencer mais pessoas a investirem também. Em pouco tempo, o dinheiro que você investiu vai triplicar! Amigos próximos já se deram bem e afirmam que a estratégia é super eficiente.
Parece um sonho, certo? Mas cuidado: pode se tornar um pesadelo. Esse tipo de “negócio” é conhecido como pirâmide financeira. As pirâmides são esquemas de investimento fraudulentos que prometem retornos altos, garantidos e rápidos. Além da remuneração tentadora em curto tempo elas possuem, inevitavelmente, algumas características e, comum:
- Sugerem manutenção de investimento por prazo fixo (as vezes 6 meses, 1 ano, 2 anos, etc);
- Informam uma rentabilidade garantida sempre acima de um piso mínimo (3%, 5%, 7%, 10%, etc);
- Buscam adesão de novos participantes para retroalimentar a pirâmide – o dinheiro do investimento normalmente é direcionado para uma conta da empresa que não possui autorização dos órgãos de controle como CVM;
- Faltam com a transparência.
A questão é que não existe nenhum produto ou serviço capaz de gerar essas remunerações de forma garantida e com frequência nos resultados. Quando o esquema entra em colapso (ele vai entrar!), o dinheiro investido por novos participantes é desviado para os organizadores, que desaparecem com o patrimônio alheio. Enquanto isso, os participantes que entrarem depois assumem todo o prejuízo.
Quando começou
O esquema de pirâmide financeira é uma prática secular, mas ganhou destaque em 1919 a partir da prática realizada pelo italiano Charles Ponzi. O golpista prometia juros de 50% a 100% para as pessoas que emprestavam dinheiro – com o objetivo de emprestar dinheiro a outras pessoas e, dessa forma, retornar o investimento.
Os juros mais altos eram pagos a quem tinha emprestado dinheiro inicialmente, criando uma aura de legitimidade ao seu negócio. Com o tempo, claro, a situação ficou insustentável. O caso ficou tão famoso que ganhou o nome de “Esquema Ponzi”.
Com o passar dos anos, diversos outros esquemas de pirâmide financeira surgiram, muitos deles se utilizando de promessas de investimentos em moedas virtuais, marketing multinível e outros negócios duvidosos.
Outro caso famoso foi realizado por Bernard Madoff, corretor de valores mobiliários americano. Madoff aproveitou da sua credibilidade para atrair investidores com a promessa de retornos altos e em curto tempo, mas o dinheiro captado era usado para pagar apenas os primeiros participantes, quebrando centenas de investidores.
É o golpe mais longo de que se tem notícia: perdurou por 20 anos até ser descoberto e resultou na condenação a 150 anos de prisão do seu autor. É considerado um dos maiores escândalos financeiros da história.
Mais do que imoral, é crime
No Brasil, e em diversos países do mundo, a pirâmide financeira é considerada crime. Ela foi tipificada como crime contra a economia popular em 1951, com a sanção da Lei 1.521/1951. A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa. O responsável também pode sofrer processo por estelionato.
Para não cair nessa, é fundamental fazer uma checagem antes de fechar negócio: uma das dicas mais importantes é verificar o CNPJ da empresa ou da pessoa para conferir se ela tem permissão para exercer tal atividade. Também vale conferir os comentários sobre a empresa em órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Procon e o Consumidor.gov.
Se ainda assim você acabar caindo no golpe, denuncie imediatamente às autoridades: busque a CVM ou ainda o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, a Polícia Civil ou Polícia Federal.
Investimento é coisa séria
Agora você já sabe: não existe mágica. investimentos com retorno alto e rápido é golpe. É fundamental buscar uma empresa com histórico e credibilidade comprovada no mercado financeiro, que possa oferecer orientação e apoio na hora de investir com segurança, como a TOPO Invest.
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Crédito foto: Mostafa El Shershaby/Pexels