Nas redes sociais, nos estádios de futebol, nos outdoors de grandes avenidas. As propagandas dos sites de apostas online estão em todos os lugares. O número de empresas que oferecem esse tipo de serviço vêm crescendo em todo o mundo e movimentando bilhões de dólares. Só no Brasil são 7 bilhões de reais por ano.
Apostar para se divertir pode ser um entretenimento. O problema é quando a aposta se transforma em algo mais sério e começa a ser compreendida como uma forma de investimento. Uma pesquisa realizada pelo Uol com o objetivo de mapear o perfil dos apostadores mostrou que 72% apostam em jogos como uma maneira de aumentar a renda.
Um investimento obedece princípios econômicos e envolve uma análise criteriosa do mercado, dos riscos e das oportunidades. Já a aposta está baseada em eventos incertos ou aleatórios sem garantia de retorno.
Existe ainda o risco do vício: a aposta libera uma dose extra de adrenalina no corpo, o que pode levar a um comportamento compulsivo. A pessoa que não observa essa mudança de padrão pode perder controle sobre o seu dinheiro e perder enormes quantias.
Outro problema é a falta de regulamentação das apostas, principalmente as esportivas, que têm encontrado um mercado em franca expansão no Brasil. Sem uma regulamentação, empresas desonestas podem praticar fraudes, golpes ou mesmo manipular resultados sem sofrerem as penalidades que esse tipo de atitude pode provocar.
Por fim, é importante pensar que o ambiente digital não é um local totalmente seguro. Nem todos os sites apresentam um sistema de segurança completo e, com isso, os seus dados pessoais (incluindo informações bancárias e financeiras) podem ficar expostas a vírus e ataques cibernéticos.
Apostas online podem ser uma atividade divertida e emocionante, mas também são um negócio arriscado que deve ser abordado com cautela – e jamais pode ser confundido com investimento financeiro.
